Tuesday, March 31, 2009

amenidades

_Aulas puxadas. Pelo menos para quem procura saber além do que acontece fora da sala de aula. Há uma semana, uma senhora palestra do jornalista Caco Barcellos. Nem passei a limpo a quantidade de notas mentais que a apresentação rendeu. Um trabalho sobre uma peça do Festival de Curitiba. Aliás, bem escolhida por um colega e que também rendeu inúmeras notas e ideias. Nesta semana, prova de Fotografia, entrega de trabalho de Sociologia. E a polêmica sobre o diploma de jornalismo. Tem muitos argumentos que precisam ser ponderados. Diploma não faz um jornalista, mas com um debaixo do braço, você tem que ser responsável pelo que faz. Quem não tem faz parte de uma geração que adquiriu conhecimento através da experiência, de muita e muita e muita leitura e a construção de um patrimônio moral inabalável. E eles estão tornando-se raros. E no lugar temos quem?

_As premissas que formam a liberdade de expressão precisam ser defendidas com todo o vigor. Se existem interesses escusos das empresas de comunicação, que vendem a informação conforme a exigência do mercado, e pessoas que usam do jornalismo para satisfazer egos e bolsos, o combate deve ser feito através das ferramentas que a sociedade brasileira conhece. Não se trata de impedir um médico ou um advogado de expor sua opinião em um jornal, ou fazer um programa de tv. Estes veículos precisam contar com jornalistas profissionais para checar, redigir, checar novamente, confrontar dados, editar/diagramar e publicar. Se a faculdade não capacita o pensamento, pode ser a porta de entrada para ampliar o debate para a prática do bom jornalismo.

_Depois tem mais.

Friday, March 20, 2009

_Consegui, na sorte, assistir a uma peça do Festival de Teatro. Aquela Mulher, na pré-estreia da peça de Marília Gabriela em Curitiba. Foi no TUCA, da PUC, e confesso que foi uma experiência única. Vou concluir o post completo mais tarde, mas aidanto que a força da interpretação ao vivo é algo que você nunca esquece. Deixa claro o quanto precisamos valorizar o teatro.

Saturday, March 14, 2009













A última do Bennet:

_As charges funcionam na mídia como um instrumento de síntese do raciocínio crítico sobre a situação que vivemos, promovem um inteligente ponto de partida para a discussão e compreensão dos fatos que compõem a nossa história. E um conceito caro ao nosso país — a liberdade de expressão — não significa que podemos dizer qualquer coisa sem pesar as consequências de sua ação.

_Com muito pesar, achei asfixiante e de gosto duvidoso a última charge publicada na página de Opinião da Gazeta, no sábado, 14 de março. Quer dizer que o presidente americano Barack Obama é um negro que só pode servir cafezinho? Quem acredita que aos negros estão reservados apenas funções de subserviência, ocupando, por exemplo, um lugar na cozinha ou na área de serviço? E que não podem, dentro de um estado democrático, alcançar novos papéis como agentes de transformação social e política? Ou seria mais inteligente a crítica da charge se fosse o Lula servindo cafezinho ao Obama, rendendo-se ao fato de que os Estados Unidos efetivamente estão vencendo a luta contra o racismo?

_Nas entrelinhas, uma charge como esta revela o quanto ainda estamos longe da chamada "democracia racial" — aliás, sofismo criado para esconder a falta de iniciativa pública em combater o crime hediondo de racismo. E como este preconceito contra os negros ainda reina em diversos setores da sociedade que deveriam defender o fim dessas diferenças, fundamentadas na ignorância de uma suposta superioridade de raça, entre outros espúrios argumentos. Ao que parece, os reflexos de 300 anos de crimes contra os negros no Brasil são discretamente perpetuados, e por isso vergonhosamente presentes em nosso cotidiano.

Wednesday, March 11, 2009

Correrias

_Perdi a conta nesta semana, mas tem cerca de 6 livros recomendados para leitura solicitados pelos professores, desde o início do curso. E mais alguns 7 ou 8 que foram citados "au passant" para referências essenciais da formação de um jornalista. Só não quero perder o prazer da leitura pela obrigação acadêmica. Particiono a leitura para não perder o foco, principalmente nas aulas onde a leitura foi indicada. Saber do que exatamente o professor está falando é meio passo para assimilar o conteúdo oferecido.

_O problema é ir à biblioteca e não trazer na mochila mais do que o necessário. Sempre gostei de ler porque te oferece a condição única de entender uma parte do mundo, adicionar à outras ideias que vivem na sua mente e tentar organizar tudo em alguma futura conversa ou fundamentar argumentação coerente quando for dizer algo. Tomei gosto pela leitura para tirar algum proveito da asma que me perseguiu na tenra infância e me obrigava a ficar quieto, quando a mente voava longe.

_Evito sorrir nas aulas da professora Nilma...

_O processo de aprendizagem em uma universidade obriga uma boa parcela dos estudantes a repensar seu jeito de estudar. Questionar passa a ser um objetivo essencial, para sair da sala com a ideia principal assimilada e buscar complementos das respostas nas referências indicadas pelos professores. Minha caligrafia vai piorar muito antes de melhorar, porque tenho uma certa obsessão com a forma da letra, mas preciso priorizar a ideia do argumento apresentado. Um velho dilema que mostra sua importância em tempos de notícias sobre qualquer coisa, mas que nem sempre são úteis.