Thursday, February 26, 2009

A internet avança nas redações

Is There Life After Newspapers?

O futuro dos jornalistas entra na agenda social

O repórter está morto

_Links para ficar desesperado [ou animado...]. Um breve apanhado durante o carnaval em casa. Se em uma primeira leitura parece assustador, o fato de compreender estas transformações ajuda a desenvolver novas potencialidades para aproveitar estas mudanças. Porque ficar "paralisado" não vai ajudar na sobrevivência da espécie.

Wednesday, February 25, 2009

sem carnaval

_Aproveitei os dias de Momo e de outras entidades para colocar estudos, casa e a convivência com minha filha em dia. Retomar os estudos depois das mini-férias merecidas exigiu a construção de uma nova rotina diária. Cair cedo da cama não pode ser obrigação, pois gosto de ler e "ficar sabendo antes". Este, aliás, será o grande problema a ser enfrentado na universidade e na via profissional: quase tudo me interessa...

_Uma crise se instala no jornalismo. Mas antes da financeira-global-especulativa. Uma passadinha por aqui e aqui vai ajudar a compreender a verdadeira natureza da tal crise quando se fala em negócios da comunicação. Quanto à produção de conteúdo, inúmeras vertentes apontam para soluções que envolvem velhas mídias [rádio/tv/jornal] que funcionarão junto com as novas [web/celular/notebooks]. Só não dá pra aceitar tudo como definitivo e certeiro. Gostei, particularmente, do trecho no blog do Dória: "
  • É interessante essa visão por que muito se fala que um site ou jornalista tem que ter perfil no Twitter, no Flickr, ter blog, mas nunca se sabe muito bem o motivo. A maioria vai na inércia ou pelo modismo e monta um perfil nesses sites apenas para marcar território, como um fim e não um meio para alguma coisa.
  • Outra coisa é que esse conceito não cai no tecnicismo, no sentido de que você tem que saber mexer em sites de edição de imagens e vídeos, caso contrário, está fadado ao fracasso profissional. Para mim, mais importante do que aprender a mexer no Photoshop ou no iMovie é dominar conceitos. Técnicas e softwares de edição de imagens e vídeos vão e voltam. Conceitos ficam."

_Procurando bem, e quase sem querer, você encontra muitos serviços interessantes na web que te obrigam a dizer "porque não pensei nisso antes?" No site Trocando Livros você dá fim naquela biblioteca que não te interessa mais. Vou dar uma boa olhada antes de falar mais sobre este novo serviço.

Thursday, February 19, 2009

pilha de livros

_com toneladas de páginas para ler, estamos na 3ª semana de aula. Animado com fotografia e as histórias do professor-galã [segundo algumas meninas da sala...]. A leitura recomendada por ele é muito interessante e ao mesmo tempo confortavelmente conhecida, pois como designer gráfico procurei sempre as melhores fontes bibliográficas para pautar argumentos para sustentar as ideias junto a clientes e alguns patrões sem-noção estética. Em geral, todas as disciplinas apresentadas no curso muito me desafiam, e mesmo apreensivo com o volume de coisas para ler e principalmente compreender, estou satisfeito com a nova rota que escolhi. As conversas fora do contexto das aulas, mas intimamente ligadas aos assuntos abordados, ampliam a sensação de fazer a coisa certa.

_mesmo adotando uma atitude mais zen, acabei sendo rude [uia] com um veterano folgado que veio à sala para falar sobre o trote, na sexta antes do carnaval. Com um papinho desconexo, uma argumentação tosca como o propósito de "fazer amizades" foi me irritando aos poucos. Custa-me a acreditar que um estudante de jornalismo ainda não tenha percebido que não cabe mais este tipo de trote movido à álcool e brincadeiras depreciativas. Se a intenção era de confraternização, os veteranos apenas deixam claro que não aprenderam nada na universidade, e não conseguem acrescentar valor para aqueles que começam seus estudos visando uma evolução pessoal e profissional.

_Meu primeiro trabalho acadêmico me ensinou mais do que o professor pediu. Ao sair às ruas para fazer uma simples pergunta [uma enquete sobre violência em Curitiba], senti a dificuldade de abordar pessoas para realizar a tarefa. Não iria parar ninguém, porque não gostaria de ser interpelado para responder perguntas enquanto estivesse caminhando, pois estou sempre "com pressa pra chegar em algum lugar". Resolvi abordar pessoas que estivessem paradas em frente a lojas, ou sentadas. Como precisava de 5 respostas, decidi que faria a questão para 15 pessoas, sendo uma parte casais novos e de meia-idade, mulheres e homens com crianças, dois jovens de ambos os sexos. Na primeira abordagem, um turista. Na segunda, a vítima era de outra cidade... Outra coisa complicada foi a abordagem: quando dizia que era "estudante de jornalismo", cenhos se fechavam e nomes eram "não-ditos". Foi uma coisa chata receber uns "nãos" estúpidos para algo tão simples. O que aprendi: não precisa dizer que você é jornalista...até para poder obter todas as respostas necessárias...

Saturday, February 14, 2009

recomeços

_Existem inúmeras oportunidades para que você realize seus sonhos. Por um tempo, acreditava que deveria pedir e esperar. Quando as coisas não chegaram, aprendi que pedir não basta. Você precisa saber o que precisa pedir. E não basta apenas isto de novo. Você precisa fazer para que as coisas aconteçam. Então, estou na universidade, reatando comigo o sonho de fazer o que realmente preciso fazer. Uma nova jornada, para aprender a ouvir as histórias que todos tem para contar. E o que fazer para descobri-las. A profissão mais odiada do mundo me espera : jornalista.

...

…Trote. Eis um assunto delicado no meio acadêmico. Tem gente que gosta, principalmente de aplicar nos calouros a cada ano novo letivo. Geralmente servem para constrager, impor o ridículo, vexatório, degradante, em detrimento do objetivo de congratular o espírito acadêmico de compartilhar conhecimento. Outros acreditam que faz parte da cultura universitária, sempre divertida, um rito de passagem. O que mais falta, falando nisto, é inteligência na hora do trote. Como herança militar, o trote é um tipo de passo diagonal, no qual as quatro patas do cavalo se movem par a par, uma anterior com a respectiva posterior oposta. Exige técnica e perícia do cavaleiro. Como rito, também veio com as caravelas de Portugal fugidas de Napoleão.Um ritual de iniciação do novo aluno ao mundo da universidade, à vida adulta, aplicadas na Universidade de Coimbra no século XVIII. Alguns calouros gostam do trote, sentindo-se aceitos pelos demais alunos, os veteranos. Mas suas práticas geralmente vão contra o caráter humanista das instituições. De qualquer forma, perdendo um pouco mais de tempo pensando nisto, percebe-se nesta prática um pouco do espírito que move o país, de obter vantagens através da pressão de grupos cujos interesses ferem os da maioria. O clima incivilizado ao qual se fomenta o trote passa longe do seu objetivo de dar boas-vindas aos novos integrantes. Porque antes de tornarem-se futuros concorrentes no mercado profissional, aprendem que o uso do constrangimento e de tarefas humilhantes está fundamentado como ideal de sobrevivência de um país que cresceu às custas de favores escusos e do patenarlismo. Mesmo as notícias recentes de trotes violentos, e da recomendação das instituições, a ignorância e a repetição de atos de selvageria apenas retratam o atual pensamento de libertinagem e do prazer a qualquer custo.